A possibilidade de pacientes estáveis utilizarem a hotelaria para que o tratamento tenha continuidade por meio da assistência domiciliar segura foi tema de debate recentemente. Chamado de desospitalização, esse processo traz impacto positivo nas instituições de saúde ao viabilizar o ingresso de novos pacientes. O assunto foi tratado dia 13 de abril na sede da Hospitalar ATS, que oferece serviços de home care.
Encontro aborda o benefício da desospitalização nos hospitais e na saúde de pacientes
Segundo Thiago Lopes, coordenador do Departamento de Residenciais Geriátricos do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (SINDIHOSPA), a desospitalização deixou de ser um desejo para se tornar uma necessidade perante a falta de leitos para novas internações. “Neste período em que o paciente se encontra estável, uma hospedagem em um residencial geriátrico atende 100% da necessidade”, ressalta ao lembrar que esse processo também é benéfico para a saúde por permitir o contato com outras pessoas fora do ambiente hospitalar.
A opção proporciona ao paciente o cuidado por meio de uma equipe multidisciplinar, com terapeutas ocupacionais, educadores físicos, fisioterapeutas entre outros serviços que visam a qualidade de vida.
Existe um expressivo número de pacientes idosos com doenças crônicas que podem ser desospitalizados e levados para residenciais geriátricos, inclusive em casos mais complexos. O importante é que estes locais ofereçam uma estrutura de atendimento domiciliar conforme as suas necessidades, salienta Adriana Wander, sócia-diretora da Hospitalar ATS. “De forma geral, estes locais estão cada vez mais preparados e capacitados para atender aos idosos tanto nas demandas de cuidados com a saúde quanto na hotelaria”, diz.
Na ocasião, também representaram a entidade o presidente do SINDIHOSPA, Henri Siegert Chazan, a gerente de Serviços e Melhores Práticas, Alessandra Dewes, e demais integrantes do Departamento.