Artigo: O papel da farmacêutica num residencial geriátrico

A parcela de idosos vem crescendo muito no Brasil nos últimos anos. Muitos deles apresentam diversos problemas de saúde e necessitam de múltiplos fármacos, estando frequentemente expostos aos riscos à saúde, principalmente na administração, frequência de uso e reações adversas do medicamento. A polifarmácia e falta de adesão à prescrição médica são problemas frequentes e podem prejudicar o resultado no tratamento. Além disso, muitas mudanças fisiológicas relacionadas ao envelhecimento podem modificar as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos medicamentos. O metabolismo hepático e renal podem ficar comprometidos, aumentando a dificuldade de eliminação de metabolitos e acúmulo de substâncias tóxicas no organismo, aumentando com isso as reações adversas.
Assim, as instituições de longa permanência para idosos (ILPI) devem adotar mecanismos que possam garantir a adequada dispensação e administração do tratamento farmacológico adequado para cada morador. O uso racional de medicamentos nas ILPI está interligado ao dispensário. Disponibilizar aos postos de enfermagem apenas a quantidade necessária diária dos medicamentos prescritos para cada idoso institucionalizado, faz com que diminua erros na administração e facilite o correto tratamento. A separação diária auxilia a enfermagem com os cinco certos da administração de medicamentos: paciente certo, medicamento certo, via certa, hora certa e dose certa.
Outras medidas de cuidados com os fármacos devem ser avaliados frequentemente, como controle de validade, local de armazenamento, temperatura e umidade. A presença da farmacêutica dentro da instituição propicia todos esses cuidados, garantindo que o idoso receba o melhor e mais adequado tratamento e evitando maiores prejuízos à sua saúde.

Bruna G. Coloretti de Souza

Farmacêutica da Vitalis Morada Sênior e do Hospital Moinhos de Vento

 

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