A Associação Brasileira de Alzheimer – Regional RS (ABRAz-RS) realiza quinzenalmente encontros na sede do SINDIHOSPA. Em fevereiro, duas palestras abordaram tratamentos para pacientes com a doença, a Terapia da Boneca e a terapia ocupacional.
O primeiro encontro do mês ocorreu no dia 5, com a presença do médico psiquiatra Francisco Pascoal Jr. O tema “Terapia da Boneca e outros objetos inanimados” serviu para contar como a ação pode auxiliar os pacientes em diversas fases da enfermidade.
“É uma terapia não farmacológica que já tem demonstrado efetividade no manejo de pacientes. Tem impacto positivo na qualidade de vida, através da melhoria de aspectos como alimentação, sono, interação social e com a equipe de saúde, agitação, entre outros”, explica o médico.
Nessa terapia, o paciente fica encarregado de cuidar de uma boneca ou outro objeto, o que faz a pessoa ter uma responsabilidade, ajudando a reduzir a agitação. Para o especialista, a doença de Alzheimer, muitas vezes, é negligenciada e negada inconscientemente por familiares e pela classe médica por se tratar de uma sentença sem volta.
“Falar sobre esses dois temas é poder dar a oportunidade às pessoas de abrirem suas mentes a uma nova possibilidade, tanto no sentido de aceitar e de conhecer uma doença que causa tanto sofrimento, como uma terapêutica de baixíssimo custo e que pode vir a melhorar a qualidade de vida dos doentes, assim como de seus familiares e cuidadores”, comenta Francisco.
Os convidados também responderam a perguntas, falando mais sobre o tema e outros aspectos que envolvem a doença, como a relação com familiares, o cuidado essencial e o manejo em situações de crise.
A terapeuta ocupacional Lucciana Lubianca palestrou no encontro do dia 19 de fevereiro e explicou a terapia ocupacional para o paciente. Destacou as vivências e experiências práticas no dia a dia com o doente.